Qual a diferença entre Cerveja e Chope? – O que muda de um chope para uma cerveja? Aprenda a montar uma chopeira para degustar suas cervejas fresquinhas!
Olá, cervejeiros de plantão. Nesse artigo vamos falar sobre
- O que constitui um chope e o que se alterou na invenção da cerveja. Uma dica – tem a ver com Pasteurização
- Como as características de cada um afeta o gás, as calorias e os conservantes
- Como dar um UP em seu churrasco com chope artesanal
- Funcionamento de uma chopeira
- Instalação e retirada de chopeira
Afinal de contas, chope é um tipo de cerveja ou sua variedade? Existe de fato alguma diferença entre uma cerveja em garrafa/lata para um chope tirado na pressão? Como é o processo de produção de cerveja e o processo de fabricação de chopp?
É inegável que há uma diferença no paladar entre chope e cerveja. Temos dois principais fatores para isso, um deles é relativo a perda do CO2, devido a circulação da cerveja pela serpentina da chopeira, deixando a breja com maior grau de “drinkability” (parecido com pegar aquela Coca Cola com muito gás e dar uma mexida nela antes).
Outra diferença em teoria, mas que a pratica e o mundo moderno acabou defasando, é em relação a pasteurização de cervejas em garrafa/lata, enquanto que o chope não sofre esse processo químico. Ocorre que atualmente, as cervejarias também pasteurizam o chope, evitando contaminação e aumentando a data de validade da bebida, jogando por terra essa razão como diferença.
Além disso, há a clara diferença na apresentação. A arte de tirar um chope e a sensação de se tomar um liquido “fresco”, com quantidade exata para seu copo – e sua sede – dá uma razão especial para um happy hour com chope.
Importante ressaltar também que é muito comum, sobretudo fora do Brasil, servir cerveja engarrafada em pressão. Nesse caso a diferença entre cerveja e o “chope” limita-se a este último fator – que mostra-se por si só uma ótima razão para preferir o chope.
Para tornar a diferença mais exemplificativa e clara ao leitor, seguem anotações e diferenças entre as apresentações de cerveja. Importante ressaltar que os dados apresentados referem-se a um chope de cerveja “tradicional” brasileira, bem como os dados referentes a cervejas.
Salienta-se que as diferenças apresentadas referem-se as cervejas mais tradicionais e encontradas no Brasil – de estilo Standard American Lager – caso de Brahma, Skol, Itaipava, Schin, Kaiser, Bohemia e das demais lideres do mercado. Há uma diferença bem grande nos dados apresentados, inclusive no uso de conservantes, de acordo com o estilo de cerveja tratado - existem dezenas de tipos de cervejas diferentes – há até uma variedade de cerveja especial denominado “biére de guarde” que envelhece bem, e com data de validade superando uma década. Muitas das cervejas importadas (mas também comum em cervejarias artesanais brasileiras), sobretudo as alemãs, seguem o reinheitsgebot, ou código de pureza de cerveja, em que não há possibilidade de uso de conservantes, antioxidantes, ou quaisquer outros “antes”.
Chope
- Validade
o Até 2 semanas se fechado e 2 dias após aberto
- Química para conservação
o Sem adição de componentes conservantes, antioxidantes ou estabilizantes. Bebida não é pasteurizada.
- Envase
o Barril em inox de 10, 20 ou 50 litros.
- Teor alcoólico e calórico
o Processo de envase ou retirada não influência. Indiferente.
- Carbonatação (Gás Carbônico)
O gás do chope é proveniente do processo natural de fermentação e também de injeção externa para manter o nível de gás carbônico da bebida e extrair o chope do barril para o copo.
Surgimento
O chope surgiu em torno de 4000AC, sendo contemporâneo do Império Egípcio. Jesus Cristo possivelmente bebeu cerveja, apesar de ser mais chegado ao vinho.
Cerveja engarrafada / enlatada
- Validade
Cerca de 6 meses. Após aberta deve ser consumida em horas (jogar fora as cervejas esquecidas abertas no churrasco).
- Química para conservação
Bebida sofre adição de componentes conservantes, antioxidantes e estabilizantes. A cerveja sofre processo de pasteurização antes de ser engarrafada.
- Envase
Normalmente em garrafas ou latas.
- Teor alcoólico e calórico
Processo de envase ou retirada não influência. Indiferente.
- Carbonatação (Gás Carbônico)
CO2 têm origem durante o processo de fermentação. Não há adição extra de gás carbônico.
- Surgimento
Tem seu surgimento junto da invenção do método de pasteurização por Louis Pasteur, em 1864.
Como montar o seu chope e sua chopeira
Se quiser montar seu próprio bar em casa, diversas são as opções de montagem de chopeiras – se estiver na pegada de um DIY (Do it Yourself) tutoriais como este ensinam os itens que se deve montar para fabricar sua própria chopeira. Se estiver no ânimo para fabricar sua própria breja também, acompanhe nosso portal que em breve haverá matéria sobre isso!
Se quiser algo mais casual, existem diversas cervejarias artesanais, com cervejas especiais de excelente qualidade, que alugam todo o kit cervejeiro e proporcionam a bebida para um churrasco para os amigos, e tudo a um preço camarada (há boas opções por 10 reais pelo litro). O bom de escolher pelo chope é que, além dos convidados poderem sentir a experiência de se “tirar” um chope, ainda colocam a quantidade exata que querem – evitando o comum desperdício de breja em latas em churrascos.
Vamos entender melhor o funcionamento da chopeira e então como montar uma!
Entendendo o funcionamento
O chope artesanal que você vai comprar e servir na chopeira virá em um barril e será empurrado com a pressão do gás carbônico (encontrado em cilindros), por serpentinas presentes dentro da chopeira (que também contém muito gelo para gelar a bebida). Então a bebida chega a torneira, que deve estar com a pressão adequada para retirada (a pressão é diferente para a retirada de liquido e espuma do colarinho – em alguns bares há torneiras individuais para cada uma das retiradas). Estando tudo conectado e certo, o chope passa do barril e chega até a torneira, sendo derramado no copo - e é só alegria!
Garantindo a temperatura
A conexão entre o barril de chope e a chopeira é feito por mangueiras plásticas. A chopeira contém um liquido bastante gelado (ou mesmo gelo picado) com uma longa serpentina dentro. A serpentina é feita em aço inox bastante longa e fina para otimizar a área de contato dela com o gelo – garantindo o esfriamento do liquido.
Finalmente, chope no copo!
Normalmente as chopeiras possuem um tipo de torneira, mas comumente encontramos em bares maiores os modelos com duas torneiras – uma para o liquido e outra para o colarinho. Mas é possível regular os dois com somente uma torneira, sendo o movimento em direção da pessoa para tirar o líquido e em direção da caixa da chopeira para montar o colarinho.
Passo a passo de como montar sua chopeira:
IMPORTANTE! Peça para o fabricante ou aquele que disponibilizou o kit direcionamentos e manual específico para seu kit. Podem haver diferenças entre o guia geral abaixo e o modo de funcionamento de seu kit.
Cuidados
- Nunca tire o sifão do barril – o barril esta altamente pressurizado e pode causar graves danos em uma retirada indevida do sifão.
- Não ligue o cilindro de CO2 sem um regulador de pressão. Não faça substituições do regulador.
Itens:
- Barril com chope artesanal
- Cilindro com gás carbônico e válvula extratora
- Chopeira (com serpentina interna)
- Mangueira
- Gelo (ao menos 5kg)
1 – Escolha o local de instalação da chopeira. Coloque todos os itens na região e a chopeira em alguma superfície plana mais alta, para facilitar a retirada da bebida.
2 – Coloque gelo na chopeira até preencher toda a área da serpentina. Uma dica para gelar tudo mais rápido é colocar na mistura sal, água e álcool (garantir antes que a mistura não estrague a chopeira)
3 - Conectar a mangueira entre a chopeira e a válvula extratora, que está acoplada ao barril de CO2.
4 – Conecte válvula extratora ao Barril de Chope e gire/faça pressão/mexa no cabo para garantir que a válvula esta presa ao Barril.
5 – Estando tudo correto e bem preso – abra o CO2
6 – Abra a torneira até que comece sair chope. O primeiro copo deve vir com bastante espuma até adequação do gás.
7 – Controle a retirada de liquido e colarinho
8 – Cheers! Não deixe de beber um copo de água entre cada chope para não se desidratar.
Para desinstalar o kit cervejeiro
1 – Fechar o cilindro de Gás Carbônico
2 – Fechar a válvula extratora
3 – Retirar a válvula extratora do barril – pode haver uma vazão de chope do barril.
4 – Jogue fora a água que deve ter se formado do gelo na chopeira
5 – Organize os equipamentos.
Sugestões do Uppermag
Dirty Bastard
Cervejaria: Founders Brewing
País de origem: Estados Unidos
Estilo: Strong Scotch Ale
Álcool (%): 8,50% ABV
Aroma: Caramelo, notas defumadas e amadeiradas.
Temperatura: 6 - 8ºC
Ratebeer: Top 30 Mundo.
Coloração marrom/cobre, creme bege de formação razoável e boa duração. O malte domina o aroma, com lindo toque de nozes, caramelo e melaço. Aromas secundários contém ameixas secas e damascos. Paladar mantém a percepção do olfato, com frutas secas e mel advindas do malte. Álcool é aparente, mas desce redondo, com ótima sensação de aquecimento. Excelente para noite fria debaixo de uma coberta. Corpo licoroso e potente, carbonatação média.
Forest Bacuri
Cervejaria: Amazon Beer
País de origem: Brasil
Estilo: Fruit Beer
Álcool (%): 3,80% ABV
Aroma: Perfumada, levemente cítrica.
Temperatura: 5 - 7ºC
Ratebeer: Medalha de ouro no CBC; Bronze no International Beer Challenge
Cerveja do estilo Fruit Beer. Clara, leve e com espuma de boa persistência. Aroma frutado proveniente da maturação com Bacuri, fruta da Amazônia (lembra lichia). Refrescante, com alta carbonatação, sempre deixando paladar limpo. Medalha de Ouro no Concurso Brasileiro de Cervejas e Bronze no International Beer Challenge. Muito viva as sensações de todos os estágios da fruta, desde colhê-la na árvore, descascá-la e provar de seu fruto. Na Bacuri Forest só faltou a sensação de plantar sua semente.
Revenge
Cervejaria: Quinta do Malte
País de origem: Brasil
Estilo: American IPA
Álcool (%): 7,50% ABV
Aroma: Frutado, levemente resinoso.
Temperatura: 6 - 8ºC
Revenge é uma cerveja fresca e é o tributo da cervejaria à clássica IPA de tempos passados. A virada pós-moderna é a adição de lúpulo frutado, numa explosão de frutas tropicias e final amargo.
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